Direção
Os carros são guiados pelo movimento das rodas e os sistemas de direção permitem que este movimento ocorra com pequenos
esforços do motorista ao manobrar o volante. Isso é possível graças a um conjunto de peças articuladas constituído
basicamente por: volante de direção, coluna de direção, caixa de direção, barras de direção, braços de direção e
terminais de direção.
Em alguns veículos, a coluna de direção é uma haste cilíndrica de aço ou um conjunto de hastes menores articuladas (cruzetas)
que transmitem o movimento do volante à caixa de direção. Com o avanço da segurança nos veículos, foi introduzida a coluna
de direção retrátil que, em casos de impacto frontal, se deforma e impedem que o motorista seja atingido pelo volante.
De acordo com o acionamento, temos dois modelos de sistemas de direção: o mecânico e o servo-assistido (hidráulica).
A caixa de direção transmite o movimento do volante aos braços e à barra de direção. Os tipos mais comuns de caixa de direção
são: com setor e rosca sem fim e com pinhão e cremalheira.
Setor e rosca sem fim
Todo o conjunto trabalha em banho de óleo ou graxa. É geralmente utilizado em veículos mais antigos ou na linha pesada.
A rosca sem fim recebe o movimento do volante e transmite ao setor. Ambas as peças ganham tratamento de superfície no aço.
Este tipo de caixa de direção necessita de inspeções mais freqüentes, reapertos, regulagens e verificação do óleo, pois o
envelhecimento deste componente pode propiciar a corrosão.
Pinhão e cremalheira
Os componentes são montados em uma carcaça de liga leve com coifas protetoras. A graxa é utilizada como lubrificante.
O pinhão é montado junto com a coluna de direção e engrena-se à cremalheira. A folga entre os dois componentes é corrigida
por meio de dispositivos de regulagem automática. A cremalheira fica ligada aos braços de direção por articulações esféricas.
Com a redução de tamanho nos veículos atuais, o espaço útil para a manutenção tem se tornado cada vez menor. Porém,
com paciência e ferramentas especiais, é possível realizar a regulagem do mecanismo da maioria dos veículos sem removê-lo.
Direção Hidráulica
Objetiva reduzir o esforço do motorista, que passa a comandar os mecanismos com maior facilidade, uma vez que o maior
trabalho é feito hidraulicamente. Essa redução de esforço faz o motorista poupar 80% da energia que seria empregada para
movimentar a direção. A redução do esforço e do espaço necessário às manobras aumenta a segurança no controle do veículo
em situações críticas como estouro de pneus, desníveis acentuados na pista, desvio de obstáculos etc, além de tornar as
manobras mais precisas.
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